quarta-feira, 29 de abril de 2009

Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: "Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo (coitado) mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: Não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar"...Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...

terça-feira, 21 de abril de 2009

"Deus do céu, que tantos dons me concedeu, por que não ficou com uma parte, concedendo-me em lugar deles, a confiança em mim mesmo e o contentamento de espírito?".

(Os Sofrimentos do Jovem Werther)

domingo, 19 de abril de 2009

Algumas pessoas forçam a felicidade, mesmo quando não há nenhuma chance dela estar no lugar que você procura. Pra quê colocar o universo em risco agitando todas as leis contrárias da natureza por causa de uma idéia um tanto quanto idiota sem muitas recompensas finais? Eu parei. Às vezes não é preciso chegar tão baixo para entender o que deve ser feito. E o que deve ser feito está quase sempre tão mais claro e tão na cara, que tomamos outras decisões. Existem pessoas com vários universos diferentes; aqueles que falam, ouvem, lêem, praticam esportes, dançam, cantam o seu estilo...
Faça um filme com a sua vida e veja que tipo de personalidade o ator principal teria. Ele iria ser o bonzinho da história, o vilão, o cara que passa na rua? Quem seria você?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

"Você está para fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e se mantém bela, graciosa e desejável. Já faz cinqüenta e oito anos que vivemos juntos, e eu te amo mais do que nunca".


(Carta a D. - História de um Amor)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Não vou viver,
como alguém que só espera um novo amor,
Há outras coisas no caminho onde eu vou...

A real

eu não tenho amigos.
Sim, "é isso aiii..." (8). Trocando palavras com meu ID esses dias eu fiz essa descoberta. E não, não estou escrevendo essa frase de impacto, justo aqui, para fazer um melodrama ou para terem pena de mim (até porque quase ninguém sabe da existência deste blog), já passei da minha fase "emo" tem uns anos (amém). É somente uma constatação e um desabafo mesmo.

Também não quero dizer com isso que estou sozinha. Jamais. Nunca estou sozinha; tenho a companhia Dele, e somente pela existência Dele eu não sinto solidão. E também não incobre a presença de pessoas que eu goste, que convivam comigo e com quem eu tenha boas histórias.

Mas amigos, na real essência da palavra, eu não possuo.